Na ocasião (17/10), Ir. Denise A. Morra e Ir. Glória Caixeta assinaram a Ata de posse como titular e suplente deste referido conselho.
Confira discurso proferido por Ir. Denise que fez parte da Mesa como representante da sociedade civil.
Bom dia a todos e todas presentes nesta solenidade de Posse dos Conselhos de Direito.
Quero cumprimentar a:
Quando falamos do CMDCAT, falamos de um Conselho criado com a finalidade de Deliberar as diretrizes das ações voltadas para Criança e Adolescente, em todos os níveis, na Cidade de Teresina.
Mesmo reconhecendo que o ECA é um marco histórico conquistado e que o Brasil tem avançado muito, nos últimos anos, em termos de inclusão social e de Políticas Públicas para quem mais precisa, ainda permanecemos um País extremamente desigual, onde as Políticas voltadas para a Proteção e Defesa de Crianças e Adolescentes passam por um descaso ou morosidade.
Cito, como exemplo, nomeações que custam a acontecer, Planos que não conseguimos elaborar, as “faltas” de estrutura humana, financeira, físicas que atualmente envolvem a Cidade de Teresina.
Atribuir esta situação a um só gestor não seria justo, já que tudo aponta para um retrocesso do que já tínhamos como certo, a partir da Constituição de 1988.
Cada vez mais percebemos o crescimento da privatização, uma ausência do Estado para as Políticas sociais. Ou quando a Política existe, é precarizada. Em nossa Cidade podemos ver com clareza, o quanto a política de saúde, de educação, apesar de ser universal perde espaço para o aumento do mercado que expande, transformando um direito social conquistado historicamente em uma mercadoria.
Filas imensas na madrugada, de mães que buscam marcar consulta para daqui a três meses, para seus filhos, hospitais particulares que tiram a placa do SUS... escolas que nunca acabam de ser construídas e universidades particulares que crescem pela Cidade, Projetos Sociais que fecham por falta de estrutura física, financeira e um marco regulatório que nunca é aprovado.
A Sociedade, nesse modelo de organização vai gerar sempre um impacto social negativo: pessoas fora do mercado de trabalho, processos precarizados de violência.
Volta a crescer o trabalho infantil e estamos perdendo para a sociedade não civil.(4º Setor – Crime organizado).
A família-comunidade são palcos de expressões dos mais variados conflitos que geram o aumento da violência e da criminalidade.
Apesar de tudo isso, somos chamados a viver a esperança e a manter a nossa cidadania ativa; a voltar a cantar: “apesar de você amanhã há de ser NOVO DIA.”
O Papa Francisco vem convocando o mundo inteiro para fazer florescer a esperança com o suor da desacomodação e da consciência, criticando o modelo neoliberal falido em que vivemos.
Penso que todos os Conselheiros que hoje estão sendo empossado querem fazer o melhor na defesa e garantia de direito.
No CMDCAT, temos pela frente muitos desafios: colocar as visitas em dia, elaborar planos municipais, realizar conferencia da Criança e Adolescente, fazer crescer a captação do FIA, entre outros.
Termino esta fala com uma mensagem otimista da Carta de São Paulo aos Coríntios: “Quando sou fraco, é que sou forte”. E não poderia deixar de citar um pensamento de Madre Cabrini, a Fundadora do Instituto das MSc, ao qual pertenço: “Dificuldade! O que são as dificuldades? Brinquedos de criança aumentados pela nossa fantasia”.
Obrigada!
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