Iniciou-se 2014 no Centro da Juventude Santa Cabrini com a já costumeira Semana Pedagógica. Desta vez o tema motivador foi: “VALORES HUMANOS”, definido como “aquilo que dá suporte para orientar nossas escolhas, justificar as atitudes, os hábitos cotidianos e as ações. (Gabriel Chalita). Passou-se pelo Planejamento Estratégico da Província e utilizando o velho método do VER, JULGAR, AGIR e CELEBRAR explorando o que significa em nossos dias: justiça, misericórdia, compaixão, responsabilidade social e ambiental. Com um olha mais amplo da realidade onde estamos inseridos continuamos a nossa reflexão a partir do como as crianças, adolescentes e jovens estão sujeitos a múltiplas e contraditórias influências de valores e contravalores do mundo cotidiano. O aprofundamento perpassou a CF deste ano: “É para a liberdade que Cristo nos libertou”, contrastando com a dura realidade refletida, sobre o Tráfico Humano. A partir deste olhar fez-se uma análise do modelo neodesenvolvimentismo que colocou o Brasil num novo ciclo. Brasil da mobilidade social para cima, da elevação da renda, da geração de mais empregos, do bolsa-família, do aumento real do salário mínimo, do ProUni, do crédito farto e do aumento do consumo, da economia de commodities, das grandes obras. No entanto, esse ‘novo Brasil’ não conseguiu, apesar dos avanços, dar conta dos problemas estruturais na saúde, na educação, no saneamento e, agora, na mobilidade urbana. Destacou-se a barbárie estampada nas cadeias do Maranhão, o alto índice de assassinato de jovens do Bairro Vila Irmã Dulce, onde estamos inseridos, a panela de pressão, já explodindo no fenômeno dos “rolezinhos”, em que adolescentes e jovens da periferia, onde muitas vezes situam-se os nossos Projetos Sociais, protestam, não contra o consumo ou contra os shoppings, mas sim, buscando ocupar espaços urbanos privilegiados numa sociedade “sem valores” éticos, morais, culturais, políticos que teima em manter os pobres invisíveis e na marginalidade. Concluiu-se que, vivenciar valores é defender a vida compartilhando a mesma preocupação que o Papa Francisco demonstrou na carta enviada ao Forum de Davos com a situação econômica do mundo e seus efeitos sobre a vida das pessoas, pedindo que "a riqueza esteja a serviço da humanidade, não para governá-la". Ir. Denise Morra, MSC
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